...e vou eu assim voando
e aqui de cima vejo que a vida é só loucura
é gente que briga ou só censura
é gente que te olha sem brandura
é gente que tem a mente engessada e muito dura
Daqui de cima também vejo
o que aí em baixo não percebo
vejo gente amarga que no fundo é doce
e gente doce que amarga a alma de quem passa
Vejo o bem que eu não faço
e o quanto esse fato me arma laços
vejo o mal que nos persegue
e o bem que ninguém percebe
Aqui do alto eu me escandalizo
com o desânimo e a tristeza de que não preciso
vejo novas trilhas e novos rumos
e sei que um dia eu tomo o prumo
e acerto o alvo incerto e movediço
Só fico triste quando descubro
que não posso ficar aqui
e que querendo ou não
(e é inevitável)
que eu ponha os pés no chão
Mas quem sabe com tudo isso que vi
faço as mudanças necessárias
e consigo definitivamente conquistar
o meu direito de não querer estar
e o meu prazer de só voar...
e aqui de cima vejo que a vida é só loucura
é gente que briga ou só censura
é gente que te olha sem brandura
é gente que tem a mente engessada e muito dura
Daqui de cima também vejo
o que aí em baixo não percebo
vejo gente amarga que no fundo é doce
e gente doce que amarga a alma de quem passa
Vejo o bem que eu não faço
e o quanto esse fato me arma laços
vejo o mal que nos persegue
e o bem que ninguém percebe
Aqui do alto eu me escandalizo
com o desânimo e a tristeza de que não preciso
vejo novas trilhas e novos rumos
e sei que um dia eu tomo o prumo
e acerto o alvo incerto e movediço
Só fico triste quando descubro
que não posso ficar aqui
e que querendo ou não
(e é inevitável)
que eu ponha os pés no chão
Mas quem sabe com tudo isso que vi
faço as mudanças necessárias
e consigo definitivamente conquistar
o meu direito de não querer estar
e o meu prazer de só voar...
Pois é, Alice,
ResponderExcluirGostei da simbologia da sua poesia. Olhar do alto não significa menosprezo, mas sim a necessidade de se distanciar para ver as coisas em sua plenitude.
Do alto vemos tudo em detalhes, mas também nos dá a oportunidade de nos afastarmos das coisas ruins. Entretanto, infelizmente, como você finalizou, temos que descer.
Abraços.
Oi, Alice querida!
ResponderExcluirTeus poemas sempre tão belos!
Concordo com o que o Valdemir falou: Às vezes é realmente necessário distanciar-se, para ver as coisas em sua plenitude!
Obrigada pelo teu carinho sempre, amiga de alma linda!
Te adoro!
beijo carinhoso,
neli
Por vezes, é preciso um distanciamento para distinguir o doce do amargo. E nesse poema, sinto claramente essa possibilidade em linhas tão bem escritas.
ResponderExcluirUm abraço
É, do alto podemos ver com mais frieza, com mais exatidão...
ResponderExcluirO duro é que muitas vezes, mesmo tendo o pé no chão, temos que nos deparar com situações que nos colocam abaixo do chão, na rasante... Então temos que tentar nos reestruturar para podermos segui adiante...
Mas você, morando ao nível do mar... rs
bjs
Teu poema me lembrou "Up on the roof", de James Taylor, soberbamente cantada por Carole King. Ver as coisas lá de cima é bom, muito bom. desde que a gente não esqueça de descer, "pé no chão", e batalhar.
ResponderExcluirBj
Oi, Alice!
ResponderExcluirDeus deu a você a capacidade de traduzir seus sentimentos e pensamentos de uma maneira ímpar.
Ver de cima, uma idéia. Ver como agem as pessoas, como elas são, como somos. Sim, somos!!
O pé no chão, uma necessidade. Existem pessoas que precisam da Alice que olha daí de cima, e desce para ir de encontro a elas...
Beijos
Quando é que vc vai criar coragem para lançar um livro de poesias? Material tem com fartura.
ResponderExcluirAbraçao!
Adorei seu texto!!!!!!!!
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