Alice ...no país do pensamento...

Como pirilampo como a cor que brilha no encanto como uma luz, num escuro canto assim é o meu canto, enquanto eu me encanto eu canto e vou me iluminando e brilhando como um pirilampo ...

Um dia vou morrer. Eu, você, todos nós morreremos e só nesse dia descobriremos o que nossa fé nos fez crer todo esse tempo. Aliás, essa coisa de fé é muito interessante, e digo coisa , porque é muito difícil definir algo que (como diz a minha Bíblia )" me dá a certeza de alguma coisa que espero e me prova o que não existe".. . essa coisa estranha que me faz viver o bicho-homem deu o nome de FÉ . ...E nossa fé se encerra (ou será que começa?) no dia de nossa morte. Eu vou morrer. Morro todos os dia um pouquinho e o tempo, bem, o tempo tem sido implacável em sua pontualidade ao me trazer essa desconhecida morte para perto. Morrem amigos, conhecidos, parentes, gente boa e gente má, gente que conheci muito e e outras nem tanto, mas todos, sem excessão, morrem e morrerão. Bem, no mínimo, para não ser hipócrita, ou para não me adicionar ao discurso crentês de que não devo temer a morte, eu me sinto muito desconfortável ao pensar que ela também se aproxima de mim todos os dias. Se

Minha alma tem pressa, pressa de chegar a um lugar de calma e refrigério. Minha alma anseia por isso de uma maneira quase sobrenatural, tanto que é como se fervesse em mim a expectativa desse tempo que aguardo a muito. Minha ansiosa alma, minha apressada alma...mas sei que a paciência é uma virtude e que a determinação e a fé é que na verdade nos conduzem aos lugares que desejamos....mas como posso explicar isso à minha alma aflita? Pois é...e minh'alma continua com pressa....

Corro, logo, me canso, e na fadiga de minha vida descubro, que a pressa não me leva (mas sem ela eu não vou) onde minh'alma quer chegar.

E se eu quiser eu GRITO !! grito pra todo mundo ouvir grito pro mundo inteiro saber faço a terra tremer faço o mar revirar! Se eu quiser eu GRITO !! grito até me esgoelar grito até o tempo parar e ninguém poderá me calar, E quando tudo a minha volta silenciar e meu grito já não mais aguentar então, eu vou contar... Vou contar os segredos dos céus os mistérios do ar vou contar como o vento me faz voar e como é bom viver e poder gritar... Vou contar as coisas boas desse viver as delícias do saber, e o gozo do descobrir, vou me abrir vou romper, vou chorar e sorrir, e então vou mostrar com meu grito calado, que tudo que em mim já foi tocado, Deus usou transformou e limpou e me fez assim: mais forte em meu grito, mais forte pra mim...

Sou assim, menina até o fim. As vezes me sinto gente grande, madura e cinquentona, mas por mais que me esforce, a menina que habita em mim sempre vence. Tantos anos já se passaram, e sei que o tempo levou embora minha aparência infantil, minha ingenuidade e toda pureza que meus olhos tinham ao ver o mundo, mas o tempo não pode tocar em meu coração, e meu coração ainda pulsa como quando eu ainda era menina. Hoje , ninguém mais me vê como menina, mas eu vejo a todos assim. Meninos e meninas correndo atrás de sonhos, desejando coisas novas, chorando pelos brinquedos perdidos, ralando os joelhos de nossas almas diante do Pai a gritar por socorro... e gritar como crianças que não tem medo de esconder sua dor. Não interessa quantos anos tenho, serei sempre Alice, a Alice que quando nasci já era uma menina e que hoje, depois de tanto tempo ainda permanece assim...correndo atrás do tempo, bebendo poções para crescer e outras pra encolher, aceitando e questionando a todos que cruzam por seu

Nem sempre eu quero eu vou ou eu levo mas sempre faço estou e tenho... Nem sempre eu falo eu acredito ou duvido, mas sempre digo ouço e penso, Nem sempre eu posso eu sonho ou realizo, mas sempre quero imagino ou tento... Nem sempre existo, apenas penso...

Há mais de um mês desenganado pelos médicos, rejeitado pelos hospitais e de alma literalmente "encomendada", segue vivo e lendo (seu eterno vício) o meu pai. Homem de guerras, fossem elas físicas ou emocionais, homem de conflitos, homem polêmico, dele jamais pode se dizer que não era autêntico ou culto. Completa nesse 8 de Maio (dias das mães) 86 anos vividos e sofridos, e que deixaram inevitáveis marcas em muitas pessoas....mas segue vivo e lendo. Deus o abençoe em sua misericordiosa salvação ! (Papai, nessa foto com meus sobrinhos)

Há um tempo em que o Vento me atenta e me provoca com mais intensidade. Nesse tempo eu vejo e entendo coisas que sem o sopro desse Vento não saberia. E é nesse tempo, quando mais forte sopra o vento, que em mim há o crescimento... Ah!... esse vento ! Que vem não sei de onde e vai para onde não sei, é o vento que me refresca a alma e alimenta o espírito...é o Vento, que sopra lento sobre mim.

Sempre sinto medo quando a tempestade se aproxima. Onde eu moro, nesses dias, primeiramente chega o vento soprando de maneira estranha e quente, depois ele esfria e vem forte e dominador, e então, como numa invasão de terror, chegam as nuvens trazendo a chuva pesada, destruidora, aterradora, cheia de raios e trovões. Sempre tenho medo. Por mim e pelos outros. Pelos que amo e por quem não conheço. Mas tenho medo, medo da fúria da natureza, pois essa sim deve ser temida e respeitada. O mar muda de cor, suas ondas tornam-se muito mais do que bravias, tornam-se nossas desconhecidas.... O vento sopra estranho, canta outra canção, uma canção de aviso, de alerta... Então parece que nunca mais irá parar de chover, mas derrepente, como num passe de mágica ou como se Deus dissesse as águas "Basta", ela param, e tudo o que era medo torna-se esperança, o que estava escuro novamente clareia, e o vento passa a entoar a canção da misericordia novamente. São assim as tempestades d