Morreram todos.
Todos os que sonhavam e os que planejavam, morreram os amantes e os amigos, os inimigos e os desafetos.
Dissolveu-se o que era doce e o que foi salgado, e ao paladar só sobrou o amargo.
Da lembrança não se tem noção, e dos anéis não se encontrou a mão.
Sobrou tristeza, desamparo e desilusão.
Sobrou a dor silenciosa dos gritos histéricos da alma abortada.
Sobrou o nada e a destruição.
É nessa hora hora de solidão que a fé desencontra a razão e faz girar em nós a força estranha da solidariedade e do amor.
A solidariedade reconstrói, doa, ajuda, ampara, chora junto e refaz,
mas só o amor de Deus consola e cura.
"É nessa hora hora de solidão que a fé desencontra a razão e faz girar em nós a força estranha da solidariedade e do amor."
ResponderExcluirIsso diz tudo.
Bonito poema, bonito-triste-doído-com abertura de portas - e a porta é a solidariedade - esse amor com nome de SOLIDARIEDADE. Um poema que bem podia ser uma oração aos desabrigados nas tragédias do Rio de Janeiro, São Paulo....
ResponderExcluirUm abraço
alice, está sendo muito difícil ver as imagens dessa tragédia na tv. o teu texto é comovente e nos inspira à ajudar.
ResponderExcluirabraços
Alice:
ResponderExcluirseu texto diz tudo!!!
Bjs
Prezada Alice, em meio às dificuldades de compreender o que aconteceu, seu poema é um bálsamo. Parabéns!
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