O DIA QUE A CIDADE CHOROU
Foi assim, ...sem anestesia, sem esperar , sem aviso prévio, sem cortesia e sem delicadeza que a dor chegou de surpresa.
Foi assim, em pleno carnaval, quando a fantasia Ainda nem tinha sido tirada e nossa alma já estava rasgada.
Foi assim, o sol amanheceu sem o calor , o mar não tinha cor e o azul do céu já não nos alegrava.
Foi assim, tão rápido quanto um dia que nunca se acaba, e tão lento quanto uma espera sem fim.
A cidade foi sendo acordada pelas lágrimas de um útero rasgado, foi sendo inundada pela dor do cordão rompido, foi sendo lavada pelo silêncio de mil palavras de amor.
Foi assim, em lágrimas de amigos , no choro dos desconhecidos , na dor dos dilacerados, no vazio dos sonhos roubados.
Eu olhava e via a multidão de olhos vermelhos, marejados pela solidariedade, infundados pela surpresa, desejosos de que tudo aquilo não fosse verdade.
Vi abraços demorados, repetidos , apertados, tímidos e contidos , molhados, silenciosos, ardentes e desesperados...
Fui testemunha de uma cidade que se tornou uma só mãe , de uma cidade que teve seu útero arrancado com violência , de uma cidade dilacerada pela perda e orfandade inversa de sua filha mais amada.
Todos choraram .
Todos se chamavam Erika.
Todos , todos ,todos , todos ...num único e solitário luto.
Olhei e vi que ainda que a dor de uma mãe violentada pela perda a consumisse, essa mesma mãe em sua dor multiplicava o amor nessa cidade.
Foi assim, uma cidade que chorava e que lavava sua dor no amor e acolhimento do coração generoso de quem mais amava e sofria a perda inexplicável e mais dolorida que existe.
A cidade chorou.
A cidade chorou pela dor.
A cidade chorou pelo amor.
...Chorou pela Erika, pelo Marcio, pelo Lucas.
...Chorou pelo Mariano, pelo Sérgio e pela Edna.
Chorou pela perda e pela saudade de nossa Luísa, menina linda, alegre, suave, ...menina do sorriso doce e da voz mansa, menina amável e amada que nos ensinou a acolher e perdoar, que nos nos revelou o seu amor e seu amar.
Foi assim que eu vi, foi assim que aprendi, foi assim que chorei com a cidade que chorou por quem a ensinou que amar também é chorar.
Foi assim, numa quarta feira de cinzas, cinzas queimadas pela dor , cinzas molhadas pelo amor.
Eu sempre conheci pessoas que se amavam, e hoje conheço uma cidade que ama....porque só quem ama chora do jeito que essa cidade chorou.
Hoje agradeço a Deus pela cidade, ...por suas lágrimas, abraços e amor.
Amamos vocês Erika Lunardi Longo Marcio Longo, Lucas Tucat, Mariano Tucat, Sérgio , Edna Sanches...
...e sempre, sempre e sempre te amaremos Luisa Lunardi...nossa princesinha linda.
Com eterno amor ,da sua Alice
Foi assim, ...sem anestesia, sem esperar , sem aviso prévio, sem cortesia e sem delicadeza que a dor chegou de surpresa.
Foi assim, em pleno carnaval, quando a fantasia Ainda nem tinha sido tirada e nossa alma já estava rasgada.
Foi assim, o sol amanheceu sem o calor , o mar não tinha cor e o azul do céu já não nos alegrava.
Foi assim, tão rápido quanto um dia que nunca se acaba, e tão lento quanto uma espera sem fim.
A cidade foi sendo acordada pelas lágrimas de um útero rasgado, foi sendo inundada pela dor do cordão rompido, foi sendo lavada pelo silêncio de mil palavras de amor.
Foi assim, em lágrimas de amigos , no choro dos desconhecidos , na dor dos dilacerados, no vazio dos sonhos roubados.
Eu olhava e via a multidão de olhos vermelhos, marejados pela solidariedade, infundados pela surpresa, desejosos de que tudo aquilo não fosse verdade.
Vi abraços demorados, repetidos , apertados, tímidos e contidos , molhados, silenciosos, ardentes e desesperados...
Fui testemunha de uma cidade que se tornou uma só mãe , de uma cidade que teve seu útero arrancado com violência , de uma cidade dilacerada pela perda e orfandade inversa de sua filha mais amada.
Todos choraram .
Todos se chamavam Erika.
Todos , todos ,todos , todos ...num único e solitário luto.
Olhei e vi que ainda que a dor de uma mãe violentada pela perda a consumisse, essa mesma mãe em sua dor multiplicava o amor nessa cidade.
Foi assim, uma cidade que chorava e que lavava sua dor no amor e acolhimento do coração generoso de quem mais amava e sofria a perda inexplicável e mais dolorida que existe.
A cidade chorou.
A cidade chorou pela dor.
A cidade chorou pelo amor.
...Chorou pela Erika, pelo Marcio, pelo Lucas.
...Chorou pelo Mariano, pelo Sérgio e pela Edna.
Chorou pela perda e pela saudade de nossa Luísa, menina linda, alegre, suave, ...menina do sorriso doce e da voz mansa, menina amável e amada que nos ensinou a acolher e perdoar, que nos nos revelou o seu amor e seu amar.
Foi assim que eu vi, foi assim que aprendi, foi assim que chorei com a cidade que chorou por quem a ensinou que amar também é chorar.
Foi assim, numa quarta feira de cinzas, cinzas queimadas pela dor , cinzas molhadas pelo amor.
Eu sempre conheci pessoas que se amavam, e hoje conheço uma cidade que ama....porque só quem ama chora do jeito que essa cidade chorou.
Hoje agradeço a Deus pela cidade, ...por suas lágrimas, abraços e amor.
Amamos vocês Erika Lunardi Longo Marcio Longo, Lucas Tucat, Mariano Tucat, Sérgio , Edna Sanches...
...e sempre, sempre e sempre te amaremos Luisa Lunardi...nossa princesinha linda.
Com eterno amor ,da sua Alice
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Nem sempre escrevo por mim, muitas vezes escrevo para mim também...